domingo, 23 de novembro de 2008

Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões


Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões

(Proposição - Canto I)

1

As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

3

Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

(Invocação - Canto I)

4

E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Febo ordene
Que não tenham inveja às de Hipoerene.

(Dedicatória - Canto I)

15

E enquanto eu estes canto, e a vós não posso,
Sublime Rei, que não me atrevo a tanto,
Tomai as rédeas vós do Reino vosso:
Dareis matéria a nunca ouvido canto.
Comecem a sentir o peso grosso
(Que pelo mundo todo faça espanto)
De exércitos e feitos singulares,
De África as terras, e do Oriente os mares,

18

Mas enquanto este tempo passa lento
De regerdes os povos, que o desejam,
Dai vós favor ao novo atrevimento,
Para que estes meus versos vossos sejam;
E vereis ir cortando o salso argento
Os vossos Argonautas, por que vejam
Que são vistos de vós no mar irado,
E costumai-vos já a ser invocado.

(Consilio dos Deuses No Olimpo - Canto I)

19

Já no largo Oceano navegavam,
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
Cobertos, onde as proas vão cortando
As marítimas águas consagradas,
Que do gado de Próteo são cortadas

21

Deixam dos sete Céus o regimento,
Que do poder mais alto lhe foi dado,
Alto poder, que só co'o pensamento
Governa o Céu, a Terra, e o Mar irado.
Ali se acharam juntos num momento
Os que habitam o Arcturo congelado,
E os que o Austro tem, e as partes onde
A Aurora nasce, e o claro Sol se esconde.

25

"Já lhe foi (bem o vistes) concedido
C'um poder tão singelo e tão pequeno,
Tomar ao Mouro forte e guarnecido
Toda a terra, que rega o Tejo ameno:
Pois contra o Castelhano tão temido,
Sempre alcançou favor do Céu sereno.
Assim que sempre, enfim, com fama e glória,
Teve os troféus pendentes da vitória.

28

"Prometido lhe está do Fado eterno,
Cuja alta Lei não pode ser quebrada,
Que tenham longos tempos o governo
Do mar, que vê do Sol a roxa entrada.
Nas águas têm passado o duro inverno;
A gente vem perdida e trabalhada;
Já parece bem feito que lhe seja
Mostrada a nova terra, que deseja.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O Nosso Bem Essencial

Em sentimentos, naquilo que bebemos, em tantas coisas do nosso dia-a-dia, da nossa vida…
A água… Parte de todas as pessoas é água, parte do nosso planeta é água. Água, água, água… por toda a parte.
Um ser vivo pode sobreviver sem comer, mas nunca sem água. Representado muitas vezes em sentimentos de tristeza, em locais históricos e na História, a substância líquida que cai do céu, é considerada por muitos uma das maiores forças da Natureza que muitos enfrentam e que outros não se atrevem a arriscar entrar. O mar, o oceano, a água. Na antiguidade, navegadores, na actualidade, por meras pessoas que gostam de pôr a prova a sua força.
Representado em grandes obras portuguesas (e não só…), esteve, está, e há-de continuar a estar.
Os grandes navegadores Portugueses. Deixaram tristeza a alguns e entraram numa aventura de grande risco, mas descobriram parte do mundo. Não só navegadores Portugueses, mas também outros navegadores, que por esse mundo fora estavam. A sua forma de comunicação e transportação, quando não era por Terra era por mar. Aqueles que ficaram com o sentimento de tristeza, também tinham em si este bem precioso bem marcado nos rostos.
A água também está presente em diversas obras da literatura. Um exemplo disso é a matéria do 12º ano (já dada no 9º ano, mas desta vez mais aprofundado), Os Lusíadas. Uma obra onde está bem representado, tanto este como os restantes elementos. Mas tal como existe esta obra, existem muitas mais, um número incalculável de obras onde os 4 (quatro) elementos se apresentam.
E estes são poucos os locais onde ela (a água) está.
Resumindo, a água está em todo lado e é um elemento impossível de evitar…

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A água... Porque?


A minha escolha, pelo elemento ‘água’, justifica-se pelo facto deste elemento ser, na minha opinião, o símbolo mais respeitável da natureza. A água é considerada como algo sagrado para a maioria das religiões, que a utilizam para vários rituais. Envolta em inúmeras crenças, este elemento desperta em mim ainda outros tipos de sentimentos e profundas sensações.Se na astrologia a água é considerada como um dos quatro elementos que rege o planeta, na minha vida eu considero-a como procedente da sede que eu sinto, pontualmente, por este bem essencial. Sede esta, mais forte até que a necessidade que sinto de me envolver com os meus amigos numa sexta-feira, para uma extensa e divertida noite, algo que considero essencial para a minha sobrevivência neste Planeta Azul. Em suma, a água acaba por ter, no meu parecer, um outro significado para os portugueses, que em tempos lhe atribuiram ainda mais um dom, pelo caracter glorioso que trouxe aos nossos navegadores, na vanguarda da descoberta pelo mundo, da descoberta pelo Planeta Azul.Todas estas particularidades relativas à àgua levaram-me a abordá-la no âmbito da disciplina de português.

Simbologia da água:


A água tem como significado simbólico a fonte da vida, o meio de purificação e o centro de regenerescência. Representa a infinidade dos possíveis.Pode ter várias interpretações, como a morte simbólica ou uma fase de regressão e desintegração, condicionando a regenerescência. A água pode ser interpretada como fonte da vida através do banh, do baptismo e da iniciação. Torna-se o símbolo da vida espiritual e do Espírito, oferecidas por Deus e muitas vezes recusadas pelos Homens.Podemos encontrar a água, em mares, rios, lagos e fontes. Esta pode aparecer como lágrimas, suor, saliva, entre outras maneiras.

Garota de Ipanema

"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça
É ela menina que vem e que passa
Num doce balanço a caminho do mar
Moça do corpo dourado do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar..."

Tom Jobim.